os produtos “light” conduzem inevitavelmente à diminuição da ingestão calórica?

Mito. Segundo as mais recentes directrizes Europeias, à designação de "light" (leve) deve corresponder no alimento uma redução mínima de 30% no teor de um dos nutrientes calóricos. Contudo, isto não implica necessariamente que o valor calórico total seja reduzido. Por exemplo, no caso da redução de gordura, alguns produtos têm as mesmas ou mais calorias que as alternativas “não light”, pois o açúcar é utilizado em substituição da gordura para aumentar a palatabilidade. No caso da redução de açúcar e substituição por adoçantes não-calóricos (ou menos calóricos), existe de facto uma redução do teor calórico total, o que pode ser útil ao controlo do peso. Deve assinalar-se que muitas pessoas consideram os produtos “light” ignorando a informação nutricional contida na embalagem e também que pode existir uma tendência para o abuso do consumo destes produtos por se julgar que se podem consumir mais do que os seus homólogos “não light”.

o gás nas bebidas engorda?

MITO. O dióxido de carbono (gás) presente nas bebidas gaseificadas não tem energia assimilável pelo corpo humano. Ou seja, tal como a água, o gás não tem calorias e não engorda. Não está igualmente comprovado que os efeitos mecânicos do gás no estômago (p.ex., distensão física ou efeitos na taxa de esvaziamento gástrico) tenha um efeito directo ou indirecto importante na regulação do apetite e do peso corporal. Contudo, é verdade que muitas bebidas gaseificadas têm açúcar adicionado sendo esse o principal motivo, juntamente com o seu baixo poder saciante (i.e., calorias a mais ingeridas por via líquida não são adequadamente compensadas nas refeições seguintes), pelo qual o consumo em excesso destas bebidas contribui para a obesidade, especialmente em crianças e jovens com baixos níveis de actividade física.

388 milhões de mortes relacionadas com hábitos de vida nos próximos dez anos

Obesidade, sedentarismo e tabaco entre as causas

Nos próximos dez anos morrerão cerca de 388 milhões de pessoas devido a doenças não transmissíveis, afirmam 155 peritos em saúde, de 55 países, num artigo publicado na revista “Nature”, no qual apresentaram um plano de vinte pontos para evitar, até 2015, pelo menos 36 milhões de mortes prematuras causadas por maus hábitos de vida, como a obesidade, o sedentarismo e o tabaco.

Doenças passíveis de prevenção, como por exemplo problemas cardiovasculares, diabetes tipo 2, afecções pulmonares e alguns tipos de cancro causam 60 por cento das mortes a nível mundial e são responsáveis por 40 por cento das mortes prematuras. E oito em cada dez dessas mortes ocorrerão em países com rendimentos médios ou baixos.Mas, apesar destes dados, entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) dedicam a maior parte das suas pesquisas a doenças infecciosas, como a malária a tuberculose. Apenas quatro por cento do orçamento da OMS é dedicado a doenças não infecciosas.“A prevenção de incapacidades e mortes causadas por doenças não transmissíveis são objecto de pouca atenção”, escrevem os peritos no artigo da “Nature”, citado pela AFP, vincando que a maior parte das doenças visadas neste texto podem ser evitadas através de uma mudança nos hábitos de vida e tendo acesso a tratamentos farmacêuticos comuns.Ainda que reconheçam que o aumento da esperança de vida tem influência do crescimento destas doenças, os peritos consideram que 17 milhões de mortes prematuras podem ser evitáveis através da prevenção. Segundo o “The Guardian”, os autores do relatório também apontam consequências económicas para os países: nos próximos dez anos, estas patologias podem custar ao Reino Unido mais de 22.262 milhões de euros, 159.885 milhões à China e 376.437 milhões à Índia.De acordo com o jornal britânico, os 155 peritos recomendam na “Nature” várias medidas para evitar este cenário catastrófico: transformar a base de actuação dos sistemas de saúde – maior aposta na prevenção em vez dos tratamentos à posteriori –, promover modos de vida saudáveis, tomar medidas para combater o consumo de álcool, tabaco e alimentos não saudáveis e avançar com acções de mitigação dos efeitos da pobreza e urbanização na saúde.Apesar de estas medidas já fazerem parte de muitos programas de promoção da saúde, autores e financiadores do relatório consideram que estão a ter poucos resultados, porque não estão integrados uns com os outros. “Sem um mapa estaremos todos a conduzir em direcções diferentes. Estes problemas requerem compromissos a longo prazo e um esforço coordenado entre agências financiadoras, de modo a estabelecer prioridades claras”, afirmou, citado pelo “The Guardian”, o co-autor Peter Singer, director interino do Centro McLaughlin-Rotman para a Saúde Global, instituto de Toronto, Canadá.
quinta-feira, 22 de Novembro de 2007 Por: PUBLICO.PT



Seminário sobre Obesidade, Alimentação e Actividade Física

QUARTA-FEIRA, 21 DE NOVEMBRO ÀS15H30 NO
AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE GONDOMAR

Inserido na Semana da Saúde de Gondomar, convidamos os nossos clientes e amigos a participarem neste Seminário sobre Obesidade, Alimentação e Actividade Física.

OBJECTIVOS:
- Consciencializar a comunidade escolar para as questões relacionadas com a obesidade, alimentação e actividade fisica.
- Promover o debate sobre esta temática.
- Apresentar um pequeno estudo realizado com todos os alunos do 7º ano da escola EB 2,3 de Fanzeres, no sentido da sua caracterização morfo-funcional e simultaneamente sinalizar estes alunos para um acompanhamento ao longo de todo o 3º ciclo no que respeita a esta problemática.

PRELECTORES:
Eduardo Jamal
Joana Mota
Marta Sousa

CONVIDADOS:
- Dra. Maria Joao Neves Marinho
Médica especialista em Clínica Geral e Medicina Familiar da USF Sete Caminhos
- Dra. Raquel Oliveira
Nutricionista da Naturhouse Gondomar

- Dra. Ana Patrícia Silva
Psicóloga da Escola EB 2,3 de Fanzeres
- Enf. Paulo Diogo Tavares
Enfermeiro USF Sete Caminhos

PROGRAMA:
15H00 – Recepção e entrega de documentação
15H30 – Apresentação do seminário
16H30 – Intervenção dos convidados, mesa redonda
17H30 – Encerramento e entrega dos certificados de presença, seguido de um chá.

ORGANIZAÇÃO
ESCOLA EB 2,3 de Fanzeres

(Nucleo de Estágio de Educação Fisica do ISMAI)
Associação das Donas de Casa de Gondomar
APOIO:
Câmara Municipal de Gondomar

levanat plus

À base de alcachofra, rábano negro e camomila, Levanat Plus é um suplemento que ajuda na metabolização das gorduras, trabalhando ao nivel do figado e da vesicula. Levanat Plus é um excelente suplemento alimentar, ideal para quem se encontra num regime de controlo e perda de peso.

peso corporal influencia frequência escolar

Um estudo norte-americano, realizado em 1069 crianças do 6º ano de escolaridade, sugere que quanto maior o excesso de peso das crianças maior o número de dias que faltam às aulas.

Portugueses desconhecem obesidade como doença

Cerca de 16% dos português são obesos, mas apenas 3,9% reconhecem a obesidade como uma doença crónica. Este é um dos dados do 4º Inquérito Nacional de Saúde -2005/2006, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e Instituto Nacional de Estatística (INE).Comparativamente com os dados de 1998/1999 a percentagem de população com excesso de peso aumentou 0,5% e os obesos 2,7%. De salientar que estes dados são obtidos durante um questionário feito "in loco", determinando o índice de massa corporal através do cálculo feito entre o peso e a altura. "Deste modo foi possível observar que poucos são os que têm consciência que se trata de uma doença, uma vez que, quando questionados se sofrem de obesidade, como doença crónica, apenas 3,9% dizem que sim", referiu Carlos Dias, um dos responsáveis pelo estudo.Este inquérito, que tem por objectivo caracterizar a população portuguesa face à saúde em geral, foi feito através de entrevistas a 15.457 famílias, nas suas residências, por técnicos especializados, "tendo por isso a vantagem de representar toda a população, o que não aconteceria se fosse realizado em hospitais ou centros de saúde", salientou o especialista, referindo ainda que o cruzamento dos diferentes dados permitirá uma leitura mais aprofundada da situação.Em relação ao excesso de peso, ou obesidade, Carlos Dias, adianta que estes resultados por si só, podem ser um ponto de partida de estudo para os diferentes programas nacionais contra a doença, para avaliarem qual a informação que chega às pessoas.Outro dos dados do inquérito revela que há um maior número de pessoas a consumir bebidas alcoólicas. "Este indicador quando cruzado com os dados internacionais, que referem que o consumo "per capita" tem vindo a diminuir, permite-nos dizer que cada vez mais indivíduos consomem bebidas alcoólicas", referiu o especialista do INSA. Este aumento é mais notório nas mulheres, o que de acordo com diferentes teorias é mais grave, uma vez que o seu metabolismo em relação ao álcool é mais lento, mantendo-se os efeitos negativos no organismo por mais tempo. O consumo do tabaco, analisado noutra fase do inquérito, indica que Portugal segue a tendência internacional de decréscimo de consumo, especialmente nos homens. "Esta descida é o reflexo da epidemia, com as doenças associadas a este consumo. Os homens são mais atingidos do que as mulheres. Nas mulheres, este reflexo será notado daqui a dez anos", sublinhou, acrescentando que curiosa é a "prevalência de fumadores nos Açores".